O mercado imobiliário de Belo Horizonte já sente os reflexos da desaceleração da economia no país. De acordo com o empresário e presidente da TBIC, Glauco Diniz Duarte, de 2010 a 2013, foram lançados 27.087 imóveis, sendo que 4.353 permanecem em estoque.
A baixa do mercado imobiliário tem levado empresários do ramo a investirem em imóveis que tenham maior rentabilidade. Se todas as construtoras parassem de construir hoje, seriam necessários 16 meses para zerar o estoque, afirma Glauco. O cenário negativo foi impulsionado pelo entusiasmo de investidores em 2010 e 2011, além da inflação e do aumento dos juros, que deram uma freada na economia.
Glauco diz que as unidades entre R$ 300 mil e R$ 500 mil representaram a maior parte dos lançamentos. Com isso, empresas que antes possuíam segmentação só no ramo de luxo estão construindo também apartamentos de classe média.
Segundo Glauco Diniz, o movimento demográfico que ocorreu nos últimos anos na classe média acabou por atrair as construtoras de luxo para esse mercado. “Há quatro anos começamos a investir no segmento que hoje representa 50% dos investimentos da empresa”, diz.
Glauco explica outro fator que prejudicou o setor. “Os grandes terrenos da região Centro-Sul diminuíram e nos vimos obrigados a sair para regiões mais afastadas”, afirma.