Quais são as boas estratégias? Onde estão as melhores oportunidades? Quem está comprando? Esse é um momento propício para aquisição do imóvel?
De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, em tempos de crise, a busca de ações que possam contornar os problemas é uma questão de sobrevivência, mas apesar das dificuldades gerais advindas da diminuição da atividade econômica e aumento de custos, empresas que fizeram um bom planejamento de acordo com as necessidades e estratégias continuam colhendo frutos, mesmo que em uma menor dimensão comparando com o início da década. É o caso do setor da construção civil, que conta com exemplos de planejamento e direcionamento ao público alvo que ainda não deixou de investir no sonho de ter um imóvel, e assim, empresas almejam e projetam uma recuperação do segmento para os próximos anos.
O trabalho para melhorar os produtos, negociar com fornecedores e treinar equipes de vendas, tem sido constante no segmento da construção civil nesse momento delicado da economia. E apesar das apostas das empresas basearem-se em um ano 2016 melhor, acreditam em uma recuperação mais significativa em 2017 como mais provável. Para Glauco Diniz não só o setor, mas a economia como um todo depende de medidas de ajuste no âmbito do governo e há uma dificuldade em prever uma dissipação dos problemas macroeconômicos devido a sua complexidade. “Na Marques continuamos buscando incentivar os clientes nesse momento oferecendo um produto melhor, por um preço adequado” afirma Diniz.
Crédito restrito e o nicho de mercado que ainda está comprando
O crédito escasso dificulta na hora da compra do imóvel, e para Glauco é fundamental para quem pensa adquirir um imóvel financiado, que cuide do relacionamento junto ao banco e instituições de avaliação de crédito, como o Serasa, pois um historio positivo é um trunfo nesse momento. Por outro lado, diz que a redução de volume dos novos negócios deve estimular a competição entre fornecedores de insumos e serviços, favorecendo a gestão de custos das construtoras. Sobre uma previsão do volume de lançamentos, afirma. “Eu não acredito em redução do volume de lançamentos relação a 2015, pois acho muito provável que os números sejam praticamente os mesmos em 2016”, apostando em uma acomodação do mercado quanto aos lançamentos.
Alguns analistas afirmam que o setor de baixa renda ainda tem mais liquidez e demanda, garantindo a manutenção das vendas dentro deste segmento. “Acreditamos que nesse período mais difícil do ano, a e estratégia focada nesse nicho tem se mantido como a melhor afirma Glauco, que alerta ainda para um fator que mexe com a confiança do comprador, o risco de perder o emprego. O possível aumento do desemprego é como uma armadilha que poderá atrapalhar a continuidade desse movimento “A maioria inserida nesse nicho de mercado depende do emprego para ter condições de comprar o imóvel”.
O momento é propício para o comprador
A maior prerrogativa da construtora ainda é a junção de bons produtos aos preços muito ajustados com o mercado, não necessitando forçar as vendas a qualquer preço e mantendo uma situação de caixa equilibrada. Glauco não tem dúvidas que o mercado hoje está mais vantajoso para os compradores, sendo uma época propícia para aproveitar os preços mais competitivos. “É o melhor momento dos últimos anos para quem pretende comprar um imóvel, uma vez que os preços estão num patamar real com o ajuste entre oferta e demanda que ocorreu ao longo dos últimos 24 meses”. Para Glauco, não há espaço para mais queda de preços nos próximos meses, ainda mais com as mudanças trazidas pelo novo plano diretor, que provocarão um aumento real nos preços de imóveis na cidade de São Paulo no médio e longo prazo.