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Construtoras tentam driblar queda na venda de imóveis com ações criativas

Glauco Diniz Duarte
Glauco Diniz Duarte

O recuo de 10,6% nas vendas de imóveis novos na cidade de São Paulo em agosto, na comparação anual, tem levado as construtoras a serem criativas para estimular a compra. Desde firmar contrato de locação, até aceitar o 13º salário como entrada, vale tudo para estimular novos negócios.

Segundo dados do Sindicato da Habitação (SecoviSP), foram vendidas na capital paulista 1,6 mil unidades habitacionais. O número, quando comparado com julho, apresentou alta de 54,1%. “As amplas ações das construtoras e das imobiliárias começam a dar resultado, e o mercado tende a reagir, mesmo que em ritmo lento”, revelou empresário Glauco Diniz Duarte
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De acordo com Glauco, o estímulo nas vendas – antes verificado apenas nos imóveis secundários – chegou aos lançamentos, o que abre boas chances de negócios para o comprador. “Temos aqui na imobiliária uma série de imóveis novos, prontos, em que a construtora oferece um contrato de aluguel, por 18 meses, para depois formalizar a compra”, explicou Glauco, lembrando que a medida é boa para quem precisa juntar dinheiro para a entrada.

Glauco afirmou ainda que o negócio é mais vantajoso para quem tem dinheiro na mão. “Nesse caso, os descontos chegam a 25%.”

Em agosto, segundo o Secovi-SP, o Valor Global de Vendas (VGV) atingiu R$ 768 milhões, volume 27,3% inferior ao mês de agosto de 2014, quando somou R$ 1,1 bilhão. Contra o mês de julho, revela o balanço, houve alta de 41,6%.

Lançamentos – De acordo com dados da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp), em agosto foram lançadas 1.760 unidades residenciais na capital paulista (desconsiderando as cooperativas habitacionais), queda 26,8% na comparação anual. “A redução dos lançamentos era esperada, por dois motivos: o novo Plano Diretor Estratégico da cidade de São Paulo e o significativo estoque atual gerado pela crise política e econômica”, revelou Glauco Diniz.

Segundo Glauco, como o mercado imobiliário é cíclico, a partir do momento em que as vendas voltarem a crescer, a oferta será absorvida e “poderá gerar problemas futuros de oferta, caso não se resolvam os empecilhos do Plano Diretor”, opinou ele.

No acumulado do ano, revela o Secovi, foram lançadas 12,2 mil unidades e comercializadas 12.306 unidades. Apesar do equilíbrio, Kallas diz que os números permanecem abaixo da capacidade de produção e absorção da cidade de São Paulo, pois a redução nos lançamentos foi de 20% em relação a 2014, e as vendas continuam em ritmo menor, gerando uma demanda reprimida.

Região Metropolitana – Com exceção da capital, as demais cidades da região metropolitana registraram a comercialização de 864 unidades em agosto, queda de 7,9% em relação ao mês de julho, quando foram vendidos 938 imóveis. Em comparação com agosto de 2014, o recuo foi de 14,5%.

No mês de agosto, segundo a Embraesp, as demais cidades da região registraram o lançamento de 527 unidades, com queda de 51 4% em relação a julho, quando se somou 1.085 unidades, e de 62% em relação a agosto de 2014, mês com 1.387 novas unidades.

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