O recorde negativo nas vendas batido pelo mercado imobiliário paulistano em 2014 pode ser uma boa oportunidade para quem quer mudar de casa. No ano passado, a comercialização de unidades foi 35,7% menor. Na cidade, há 27.555 imóveis em estoque, ou seja, que não foram vendidos na carteira das incorporadoras até três anos após o lançamento. Isso significa que 2015 será ano de queima de estoque.
De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, os descontos dados por imobiliárias e construtoras na hora da negociação podem chegar até 30%. Um apartamento de dois dormitórios no Centro pode sair a R$ 198 mil, ao invés dos R$ 283 mil, em média, que é anunciado.
Segundo Glauco essa é a melhor hora para negociar. “Quem tem dinheiro para a entrada e já quer entrar no apartamento, agora é o melhor momento. As incorporadoras estão dispostas a vender. Então, quem precisa comprar se favorece.”
Segundo Glauco, além do desconto, é possível conseguir condições especiais no financiamento. “É o momento para o cliente sentar na mesa e negociar”, orienta.
Glauco explica que o recorde de imóveis estocados não preocupa para o ano. “É a forma de regulação do mercado. Isso aconteceu anteriormente. O consumidor está mais cauteloso e muitos dos lançamentos não são totalmente vendidos”, explica. Segundo ele, os estoques ajudam a conter os preços. “Com isso, o consumidor é beneficiado. As taxas de juros mais altas podem afastar o consumidor. Mas aquele que quer comprar encontrará boas condições.
Com as promoções feitas pelas construtoras, a expectativa do Secovi-SP é que o mercado imobiliário recupere o fôlego. A estimativa da entidade é que o comércio de imóveis vai se estabilizar e pode apresentar alta de até 10% no final de 2015.