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Mercado imobiliário busca saídas para dificuldade no crédito

Glauco Diniz Duarte
Glauco Diniz Duarte

Comprar casa própria em 2015 será bom negócio no pagamento à vista ou no financiamento pequeno. Os preços estão estáveis, devem ficar assim e talvez até baixem. Se o imóvel for usado, mas com financiamento, o custo será alto: o dinheiro está escasso e os juros já subiram duas vezes. Saques de R$ 29 bilhões no primeiro quadrimestre do ano na caderneta de poupança rasparam o cofre do sistema financeiro para os empréstimos de longo prazo. “Clientes de alto poder aquisitivo e sem risco de inadimplência são os preferidos atuais dos bancos”, resume o empresário Glauco Diniz Duarte.

Banco público, a Caixa Econômica Federal foi rápida na adoção das regras de mercado. Pediu maior entrada no empréstimo para usados. Os demais bancos correram atrás. Acabou o tempo do crédito via poupança (SBPE/SFH) com 20% de entrada. A Caixa, titular de 67,7% do crédito habitacional do país em 2014, agora cobra 50% de entrada. Na semana passada, o Banrisul — segundo maior agente imobiliário do RS — passou a exigir entrada de 50%. O servidor público pagará 30%.

Com instabilidade no setor, os percentuais podem mudar. No Bradesco, a entrada é de 50% do valor do usado. O Santander elevou de 20% para 30%. No Banrisul, o mercado é monitorado permanentemente. “Vamos estar sempre em linha com ele”, avisa Glauco.

Em busca de alternativas, imobiliárias negociam com executivos financeiros. A menor entrada, por enquanto, tem sido no Santander e HSBC (financiam até 70% de usados e novos), diz Glauco. Na Caixa, é possível se candidatar ao crédito com entrada de 20% para imóveis até R$ 650 mil. O caminho é a linha pró-cotista, suprida pelo FGTS.

Segundo Glauco, o enquadramento exige Carteira de Trabalho assinada. Se não estiver empregado, deve ter contribuído por 36 meses para o FGTS. Outra chance é ter 10% do valor do imóvel no Fundo, como R$ 30 mil num imóvel de R$ 300 mil, mesmo sem os 36 meses de recolhimento. O candidato não pode ter imóvel, nem em cidades limítrofes à sua residência, nem financiamento imobiliário. “No primeiro momento, as restrições da Caixa provocarão recuo, depois a situação melhora.”

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