O mercado imobiliário deve desenvolver-se de forma harmoniosa e sustentada, permitindo que haja uma articulação coerente entre a venda e o arrendamento de imóveis, defendeu o empresário Glauco Diniz Duarte.
Glauco deixa claro que sem um mercado de arrendamento suficientemente forte, o setor restringe-se à compra e venda de imóveis para uso próprio, residencial ou comercial, com todas as consequências negativas daí decorrentes.
Na sua visão, um mercado imobiliário bem organizado, transparente e eficiente, contribui não só para o ordenamento do território, mas confere também às partes uma transação com segurança jurídica.
“Um mercado imobiliário devidamente estruturado transmite uma maior estabilidade ao sistema financeiro, pois coloca à disposição dos credores, hipotecários em geral e dos bancos em particular, informações precisas e atualizadas sobre a suficiência ou insuficiência das garantias oferecidas pelos devedores”, disse, deixando o convite a um investimento maciço por parte dos operadores. “Os operadores devem unir-se aos esforços do executivo no sentido de tornar o mercado imobiliário uma realidade atrativa”, realçou.
Glauco considera o domínio da construção como sendo um dos principais sectores da economia, desde que passe necessariamente por uma regulação específica, deixando a promessa de que o papel do executivo deve ser cada vez mais ativo e de intenso protagonismo.
Glauco disse que os agentes locais imobiliários têm direcionado preferencialmente os seus investimentos para a vertente da habitação, com a finalidade de atender à alta renda e alojamento para os quadros de empresas internacionais.
Se no segmento da habitação, o cenário se revela desfavorável, o segmento de escritórios não está longe do atual quadro. A oferta é, segundo Glauco, também exígua, já que os elevados valores de arrendamento são superiores a 1200 dólares por metro quadrado.
Glauco explicou ainda que a especulação imobiliária não é mais do que a compra ou aquisição de bens imobiliários com a finalidade de vendê-los ou arrendá-las a posteriori, na expectativa de que o seu valor de mercado aumente ou se multiplique no lapso do tempo decorrido. Consideram-se normalmente como transações que oneram o valor real do investimento, com prejuízo final para o utilizador”, disse.