Com a crise econômica se instalando no Brasil, o mercado imobiliário começa a dar sinais de queda. Menos imóveis são vendidos a cada mês, fazendo com que as construtoras e incorporadoras não consigam desovar seus estoques sem lançar mão de campanhas especiais para negociação de preço ou condições especiais de pagamento.
“Foi-se o tempo em que as unidades de lançamento anunciadas eram vendidas em poucas horas ou em alguns dias. Hoje este processo é mais demorado, o cliente negocia mais, pesquisa mais e ainda depende de aprovação de crédito para financiamento, cujas taxas estão se elevando gradativamente, dificultando o acesso do consumidor ao crédito imobiliário”, explica o empresário Glauco Diniz Duarte.
Até 2013, a busca para compra superava a de locação. A partir de 2014 o cenário começou a mudar, quando as pesquisas de imóveis para alugar ultrapassaram as de aquisição: 48 milhões (51%) contra 46 milhões (49%). Em 2015, a proporção foi de 52% para aluguéis e 48% para compras do total de buscas no portal, que foi de 80 milhões.
Os números demonstram uma clara tendência de queda nas compras de imóveis e nas locações, com a busca por aluguéis abrindo vantagem sobre as pesquisas por imóveis à venda. E o valor do aluguel deve se manter estagnado neste ano. “A estabilidade no cenário do mercado de locação de imóveis pode representar a negociação direta dos valores dos contratos entre inquilinos e proprietários, evitando a procura por uma nova moradia”, finaliza Glauco.