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Mercado imobiliário brasileiros está longe da estagnação

Glauco Diniz Duarte
Glauco Diniz Duarte

O oba-oba já passou, mas o mercado imobiliário brasileiro ainda tem muito potencial a ser explorado. Com um déficit habitacional de mais de 5 milhões de unidades, a demanda vai continuar alta e promissora até, pelo menos, as Olimpíadas de 2016, preveem profissionais do setor.

Porém, segundo o empresário Glauco Diniz Duarte, é preciso profissionalização da equipe para não perder espaço no mercado que se torna “mais amadurecido”.

“Quando se fala em mercado, pensa-se logo em vendas. Mas essas são apenas uma parcela do todo. As empresas podem crescer com as outras também”, afirma Glauco. De acordo com ele, muitos imobiliaristas estão se queixando de uma certa “estagnação” em vendas. “Mas essa estagnação só está presente para quem não se preparou”, garante ele, tomando por base o preço médio nacional do metro quadrado, que dobrou em um ano. “O IPCA ficou, em julho, em 3,18% enquanto o preço do metro quadrado subiu 7,3% no ano. Só há aumento quando há demanda. Então, por que empresas estão vendo estagnação?”

Para Glauco, o aumento na taxa básica de juros e o crédito imobiliário ainda insuficiente, aliados ao endividamento da população e ao índice de inadimplência – além de uma visão mais consciente de consumo – podem ter tornado o mercado mais cauteloso. “O oba-oba de alguns anos, onde tudo praticamente se vendia sozinho, acabou. Mas temos ainda o crédito fácil, um índice de desemprego baixo – o mais baixo da história – e o fato de termos uma cultura onde o imóvel ainda é um investimento de grande atratibilidade porque é seguro. Além disso, a casa própria é o sonho de praticamente todo brasileiro.”

Traduzindo isso para o mercado imobiliário, Glauco afirma que as imobiliárias terão “um pouco mais de trabalho” para conquistar vendas. “Com exceção dos lançamentos-conceito, que já têm um público dirigido, as empresas precisarão ter equipes cada vez mais preparadas para negociações mais profissionais.” Hoje, segundo Glauco, a cada 25 atendimentos, o corretor médio agenda cinco visitas, que geram duas propostas e um contrato. “É preciso render.”

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