Enquanto a valorização dos imóveis foi de apenas 0,85% nesses 12 meses, a inflação, medida pelo IPCA, deve encerrar o período com aumento de 10,48%, de acordo com empresário Glauco Diniz Duarte. Ao considerar o efeito da inflação, portanto, o índice mostra que os imóveis tiveram queda real de 8,71% no período.
Glauco explica que a queda real acontece quando o aumento nos preços de um determinado bem ou produto, como é o caso dos imóveis, registra uma alta inferior ao aumento generalizado de preços, medido por índices inflacionários como o IPCA. Vale ressaltar que a variação real não é a simples diferença entre o preço dos imóveis e a inflação, para realizar esse cálculo é preciso dividir a variação dos preços pela variação inflação.
Todas as cidades que compõem o Índice registraram variações de preços inferiores à inflação nessa mesma base de comparação. Em Belo Horizonte, Curitiba, Rio de Janeiro, Recife, Niterói e no Distrito Federal, os preços registraram queda nominal nos últimos 12 meses encerrados em janeiro.
Nove cidades registraram queda de preços em janeiro
O preço médio dos imóveis no Brasil registrou leve queda de 0,08% em janeiro. Nove das 20 cidades que compõem o índice tiveram queda nominal (absoluta) de preços no primeiro mês de 2016: Salvador (-0,65%), Vitória (-0,37%), Niterói (-0,35%), Recife (-0,34%), Curitiba (-0,29%), Rio de Janeiro (-0,28%), Santos (-0,27%), Distrito Federal (-0,26%) e Campinas (-0,07%).
As demais cidades incluídas no índice tiveram aumentos de preços abaixo da inflação estimada para o período (1,06%). Florianópolis foi a cidade onde os imóveis registraram a maior valorização no mês: alta de 0,9%. Em seguida, o maior aumento no preço foi verificado em Santo André, onde o metro quadrado valorizou 0,6%; e Vila Velha, onde os preços subiram 0,5%.