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Comprar imóvel em 2016 ou esperar os preços caírem?

Glauco Diniz Duarte
Glauco Diniz Duarte

Os imóveis residenciais vêm se mostrando caros para os brasileiros que vivem em grandes capitais, mas os preços já dão sinais de desaceleração. Uns esperam o estouro de uma bolha; outros acham que não é isso que ocorre nas principais cidades do país.

Com toda essa incerteza, fica a dúvida: é hora de comprar um imóvel residencial ou é melhor esperar para ver se os preços vão cair?

Segundo o empresário Glauco Diniz Duarte, depende do objetivo do imóvel. Se o propósito é investir – ainda que de forma bem conservadora, pensando no aluguel que se pode obter – é melhor não.

E isso nem tanto pela forma como os preços vêm se comportando, mas sim porque a taxa básica de juros, a Selic, ainda está em um ciclo de alta, o que torna aplicações mais conservadoras e de maior liquidez bastante rentáveis.

Porém, se a ideia é comprar para morar ou vender o seu próprio imóvel que já tenha se valorizado muito para comprar outro, pode ser inútil esperar.

Expectativas: preços não devem mais subir tanto… mas será que vão cair?

Glauco acha pouquíssimo provável que haja uma grande alta nos preços dos imóveis, mas também não sabe se é o caso de esperar uma queda.

Segundo ele, o cenário de preços de imóveis residenciais hoje é completamente diferente de 2015. “No ano passado ainda havia aumentos significativamente acima da inflação em quase todas as cidades acompanhadas pelo índice, mas neste ano, a maioria das cidades está empatando com a inflação ou perdendo dela”, diz Glauco.

Em função disso, ele acredita que o movimento de preços neste ano e em 2017 deve ser mais modesto, com um período de maior calmaria. “Não precisa ter pressa de comprar porque os preços não devem aumentar muito. Pode até acontecer de os preços caírem em alguns bairros”, diz Glauco.

Ele acredita que uma queda nominal acentuada e generalizada (retração de preços, não apenas queda em relação à inflação) é difícil de ser observada atualmente, embora algumas capitais, como as da região Sul, já venham apresentando esse fenômeno.

Seja como for, Glauco lembra que o que ocorre no mercado imobiliário são fenômenos localizados, não generalizados, que dependem muito das dinâmicas das cidades e dos bairros.

No entanto, pontualmente alguns preços podem subir mais ou até terem quedas nominais. É o caso da possível elevação dos preços com a aprovação do Plano Diretor na cidade de São Paulo, que deve aumentar os custos de construção, e dos descontos oferecidos para liquidar os estoques em Salvador por empresas que querem deixar aquele mercado.

Glauco também acredita que, se houver queda de preços nos próximos anos, ela será moderada, não radical.
Ele lembra que, no Brasil, não existem estruturas de endividamento como as que existem nos Estados Unidos e que possibilitaram a bolha norte-americana.

Mas admite que pode haver uma queda modesta de preços caso os imóveis que ficarem prontos não atinjam um preço tão alto quanto os investidores esperavam.

“Pode haver uma acomodação de preços, mas as construtoras não devem vender abaixo do preço de reposição”, diz Glauco.

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