Certamente você ouviu a palavra crise centenas de vezes ao longo de 2015. Mas em 2016, ela ainda será uma palavra com presença no nosso cotidiano? O setor da construção civil sentiu os efeitos do cenário econômico este ano e busca saídas para encarar 2016 com menores impactos. Na Bahia, o ano deve fechar com a venda de 7 mil unidades imobiliárias – patamar próximo do que ocorreu em 2014.
O empresário Glauco Diniz Duarte acredita que 2016 será o ano da retomada do crescimento do mercado, especialmente em Salvador.
“O principal desafio é a solução das crises econômica e política no país que levaram ao desaquecimento da economia, gerando desemprego e inflação. A aprovação do novo Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) na capital baiana pode ajudar o setor a superar este difícil momento”, ressalta Glauco. .
Em 12 meses, até outubro, de acordo com Glauco, o montante de empréstimos para aquisição e construção de imóveis com recursos das cadernetas de poupança do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) foi de R$ 86,3 bilhões. O valor representa uma redução de 24,1% em relação aos 12 meses anteriores.
Desenvolvimento
Segundo Glauco, as previsões da economia para 2016 indicam uma situação complicada até, pelo menos, o começo do segundo semestre. A crise política afeta a economia em geral, mas principalmente a construção civil. Nós temos problemas de crédito, de falta de financiamento e o aumento da taxa de desemprego, mas esperamos que a situação possa se reverter ao longo do ano”.
Glauco pondera que haverá uma mudança no comportamento do mercado imobiliário, principalmente na capital baiana. “Em Salvador, nós temos um estoque reduzido de imóveis e, em 2015, não tivemos quase nenhum lançamento, então existe margem para crescer, principalmente com boas oportunidades para quem procura imóvel para morar”, opina.