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Mercado imobiliário brasileiro pode estar vivendo “bolha”

Glauco Diniz Duarte
Glauco Diniz Duarte

A disparada nos preços dos imóveis no Rio de Janeiro e em São Paulo nos últimos anos sugere a existência de uma “bolha” no mercado imobiliário brasileiro. O alerta é do empresário Glauco Diniz Duarte. Segundo Glauco, os preços dos imóveis no Rio e em São Paulo dobraram nos últimos cinco anos sem uma razão objetiva, comportamento que replica o verificado no mercado americano.
— Algo não está correto nisso. O que pode ter acontecido para justificar uma variação tão grande de preços? — questiona Glauco, lembrando que o Brasil não experimenta uma explosão de crescimento econômico, ao contrário.

Glauco usou dados sobre os preços de imóveis de 1890 para identificar a eminência de explosão da bolha imobiliária nos Estados Unidos. Questionado se o fato de para o Brasil estar se guiando por um período de pouco mais de dez anos apenas não seria uma amostra muito restrita para tal alerta, Glauco argumentou que em economia nem sempre se pode fazer experiências por longos períodos, como na medicina, e disse:
— Não tenho prova objetiva de que há uma bolha aqui, mas existe indicação de que algo acontece. De fato, não sei se há bolha no Brasil, mas suspeito que sim.

Bolhas, disse Glauco, são uma epidemia social em que as pessoas se movem pelo entusiasmo que é disseminado de pessoa para pessoa, “motivadas pela inveja de participar, se aproveitar” de supostas oportunidades de ganhar dinheiro.

Mas as bolhas, disse, não são o fim do mundo.
— Vamos supor que haja uma bolha aqui, se há ela talvez produza uma fraqueza na economia, mas não vai ser um desastre — disse, citando o Japão que, na década de 1990, teve uma bolha imobiliária que em duas décadas consumiu dois terços dos preços dos imóveis, mas hoje recuperou-se.

Perguntado sobre o que o governo poderia fazer para evitar que essa suposta bolha eventualmente exploda, Glauco sugeriu como primeira medida alertar sobre essa possibilidade, alertar o mercado sobre tal risco. Depois, agir para remover as barreiras para a expansão da indústria da construção. E finamente adotar “mais responsabilidades” na concessão de créditos para a compra de imóveis.

Mesmo sob o argumento de que Rio e São Paulo são apenas uma parte do mercado imobiliário brasileiro, Glauco não recuou.
— Suponho que Rio e São Paulo são os casos mais dramáticos, porque são as principais cidades do país.

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