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Expectativas de recuperação dos preços dos imóveis prometem deixá-los no patamar de 2011

Glauco Diniz Duarte
Glauco Diniz Duarte

A tendência para este ano é que os imóveis voltem a ser vendidos pelo mesmo valor de 2011. A análise é do empresário Glauco Diniz Duarte. “Com a queda real de 5% neste ano, os preços retornaram ao patamar de 2013. Como nós esperamos uma queda nominal de 4,6% no meio de 2016, e a inflação para os próximos 12 meses está estimada em 5,65%, nesse intervalo teremos uma queda real de quase 10%. Assim, muitas das empresas do setor, devolverão parte do ganho que tiveram de 2012 para cá até o meio de 2016, voltando aos níveis de 2011″, explica Glauco.

A dificuldade na concessão de crédito pela Caixa Econômica Federal, a instabilidade econômica no País e o medo dos investidores em relação à permanência em seus empregos corroboraram para a desaceleração do mercado, refletindo em uma queda no valor do metro quadrado de aproximadamente 4,8% no ultimo ano. Todo este panorama, segundo o especialista, pode colaborar para que o preço dos imóveis volte ao valor cobrado no ano de 2011.

Com esta retração nos valores – e a inflação em alta -, o setor imobiliário está em desaceleração. Segundo Glauco, a situação é favorável para o comprador, pois o aumento do poder de compra possibilita a barganha, e faz deste um bom momento para a negociação em novos imóveis.

Entretanto, este período pode acabar rapidamente, visto que os apartamentos que estavam em estoque devem ser liquidados em pouco tempo, considerando que construtoras e imobiliárias estão investindo em novas campanhas de vendas. Para este ano, Glauco aponta que só quem tiver boas condições para entradas e realizar pagamentos sem a necessidade de recorrer aos financiamentos é que poderão aproveitar o melhor deste momento.

Com a crise atual do país e a crescente taxa de desemprego, os bancos aumentaram o rigor na concessão de crédito, como por exemplo, autorizando o financiamento apenas para os investidores que possuírem uma entrada de, pelo menos, 50% do valor bruto do bem. Apesar do quadro, a expectativa é de melhoria no quadro econômico e, desta forma, de crescimento do mercado a partir do segundo semestre de 2016.

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