De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, a alta demanda por imóveis e baixa oferta dos mesmos proporcionará o aumento de preços em 2017 e 2018. O melhor momento para adquirir um empreendimento, na opinião dos construtores, é agora. Segundo o setor, os imóveis irão sofrer impactos em 2016 com os aumentos de carga tributária, energia, frete, óleo diesel, entre outros.
Mato Grosso, mais precisamente Cuiabá, verificou-se entre meados de 2008 e 2011 um “boom” de lançamentos de empreendimentos imobiliários. Na ocasião, revela o setor da construção civil, tinha-se segurança jurídica e, principalmente, disponibilidade de financiamento, o que não se vê hoje.
“Temos um conjunto de coisas acontecendo. Mercado promissor, mercado demandando, condições financeiras de adquirir e condições de financiar. Esse quadro já está borrado. O que se percebe é que o mercado está se ajustando. Houve redução de lançamentos e isso é natural por si só porque o mercado é feito de ciclos, só que ele está em movimento de decida”, destaca Glauco.
De acordo com Glauco, Mato Grosso é um estado receptor, o que acaba gerando mais déficit de moradia. “O que nós não temos hoje é financiamento. Temos comprador, temos moradia, mas não temos o financiamento. A partir do momento que se conseguir o mercado voltará a crescer”.
Freio geral
A crise que assola o Brasil de fato tem levado a redução de investimentos. Tanto que muitos estão preferindo ampliar ou reformar o imóvel que possui seja ele residencial ou comercial.
“Nestes seis meses o que se tem mais trabalhado é com reforças e licenças. O mercado retraiu devido o cenário político-econômico do Brasil”, comenta Glauco. “Enquanto, não houver uma estabilidade político-econômica não veremos investimentos”, acrescenta.
Outro fator apontado por Glauco para o freio em investimentos na área da construção civil é a troca de governo em Mato Grosso que por 90 dias travou a economia do estado com a “suspensão” dos pagamentos por parte do governo. “Além de tudo isso, ainda temos a demora de liberação de licenças por parte da Prefeitura de Cuiabá, que chega levar nove meses, ou seja, um parto. O ideal seria haver um Ganha Tempo para atender as demandas do setor da construção civil”, frisa Glauco.