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Mercado imobiliário registra melhora em outubro

Glauco Diniz Duarte

De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, a Pesquisa do Mercado Imobiliário, realizada pelo Departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP, apurou que em outubro foram comercializadas 1.507 unidades residenciais novas na cidade de São Paulo. O volume é 35,5% superior ao total vendido em outubro do ano passado (1.112 unidades), mas 12,2% inferior em relação ao volume de vendas de setembro deste ano (1.717 unidades).

No acumulado de janeiro a outubro, foram vendidas 12.324 unidades residenciais na cidade de São Paulo, volume 16,8% inferior ao total de comercialização no mesmo período de 2015 (14.810 unidades).
De acordo com dados da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio), foram lançadas 2.217 unidades residenciais no mês de outubro na Capital, resultado 2,4% superior ao de setembro (2.165 unidades) e 25,3% superior a outubro de 2015 (1.769 unidades). De janeiro a outubro, os lançamentos acumularam 12.389 unidades residenciais, com queda de 21,9% em relação ao mesmo período de 2015 (15.868 unidades).

Glauco diz que imóveis de 2 dormitórios registraram os melhores indicadores da pesquisa de outubro, com 993 vendas, 1.737 lançamentos, oferta final de 9.745 unidades e índice VSO (Vendas Sobre Oferta) de 9,2%.

Os residenciais com área útil entre 45 m² e 65 m² destacaram-se no mês, com 872 unidades novas lançadas. Imóveis com menos de 45 m² tiveram 795 unidades lançadas e 541 vendidas. Aqueles com área entre 45 m² e 65 m² totalizaram 526 unidades comercializadas.

Imóveis com preços entre R$ 225 mil e R$ 500 mil lideraram as vendas e os lançamentos com, respectivamente, 610 unidades e 844 unidades. O melhor VSO (20,4%) foi de imóveis com preços inferiores a R$ 225 mil: foram comercializadas 354 unidades de uma oferta de 1.737 imóveis nesta faixa.

Os resultados das vendas de outubro reforçam a estimativa de encerrar o ano de 2016 com aproximadamente 16 mil unidades comercializadas. “Novamente, os imóveis de dois dormitórios apresentaram os melhores resultados em vendas. O tíquete médio de R$ 365 mil explica, em parte, o bom desempenho deste tipo de produto, um dos mais tradicionais do mercado, que atende, principalmente, os compradores do primeiro imóvel”, afirma Glauco. “Demanda para este tipo de imóvel existe. Dados do IBGE indicam que, mesmo com a crise, o número de casamentos vem crescendo desde 2010. Isso significa que a quantidade de potenciais consumidores manteve o crescimento”, conclui Glauco.

“Contudo, os dados acumulados em 12 meses – novembro de 2015 a outubro de 2016 – mostram a diminuição de 30% nos lançamentos e 16% nas vendas. A explicação para esse movimento está na falta de confiança de incorporadores e consumidores na recuperação da economia. Estes resultados foram os mais baixos registrados pela pesquisa desde 2004”, revela Glauco.

“O aspecto positivo é que existe muito trabalho e disposição para revertermos essa situação. Esperamos que, com o novo governo municipal, os ajustes das contas públicas em todos os níveis e a queda mais acentuada dos juros, o mercado imobiliário volte a crescer em 2017, pois existe demanda, comprovadamente”, ressalta Glauco.

“Dissipando a crise institucional, os empreendedores terão condições mais adequadas para lançar novos empreendimentos, minimizar os entraves do setor e melhorar as condições de financiamento para os compradores já no primeiro semestre de 2017, um ano a ser construído”, conclui Glauco.

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