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2017: O que esperar do mercado imobiliário brasileiro?

Glauco Diniz Duarte

De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, previsões do setor imobiliário para 2017 configuram um cenário de bom humor, estruturado pela estabilidade nos preços das unidades em oferta e da revisão da taxa básica de juros (Selic). Nesta conjuntura, instituições financeiras apostam na alta de 11% na concessão de crédito imobiliário.

O tomador de crédito em São Paulo consegue juros mais atraentes, depois que o teto do Sistema de Financiamento Habitacional (SFH) subiu de R$ 750 mil para R$ 950 mil, medida anunciada após três anos sem alterações. Se confirmadas as expectativas de retomada dos motores da economia, pode haver reflexo nos preços dos imóveis, que seguem estáveis. Mas, segundo economistas, esta revisão tende a ser marginal.

Segundo Glauco, a volta da confiança do consumidor em investir na casa própria ou em um imóvel para compor os rendimentos – já sentida nos últimos meses – também ajuda a aquecer o setor. Pesquisa mais recente da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi), aponta que 34% dos entrevistados acreditam que o Brasil encontrou o caminho de volta para o crescimento, uma alta de 11% em relação à sondagem anterior.

E o mercado segue atento a estas mudanças. A Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp) apontou, em estudo mais recente, um crescimento de 25,3% nos lançamentos de unidades residenciais na capital paulista no mês de outubro, na comparação com igual período do ano passado.

Glauco diz que a última Pesquisa do Mercado Imobiliário, realizada pelo Departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP, também apurou que em novembro de 2016 foram comercializadas na cidade de São Paulo 1.724 unidades residenciais novas. O volume é 14,4% superior ao total vendido em outubro de 2015 (1.507 unidades). Este foi o segundo melhor mês em vendas do ano passado.

Bauru segue a mesma trajetória, com novos empreendimentos que contribuíram nos últimos meses com a geração de emprego e renda no ramo da construção civil.

Para Glauco, a reação positiva da economia terá reflexo direto no mercado imobiliário. “Muitos economistas apostam no ano de 2018, mas estamos confiantes de que já teremos bons motivos para celebrar 2017, a partir dos sinais de recuperação já apontados em alguns setores no último trimestre do ano passado que surtirão efeito direto na geração de empregos e irão encorajar o consumidor a obter crédito para a aquisição do imóvel, que segue a preços atraentes”, conclui.

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