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GLAUCO DINIZ DUARTE – Pintoras

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GLAUCO DINIZ DUARTE – Pintoras de obra começam a se tornar mais comuns na construção civil

Os ambientes de trabalho da construção civil ainda são majoritariamente masculinos, mas gradativamente esse mercado têm ganhado um toque feminino. Aplicadoras de rejunte em cerâmica e, ultimamente, pintoras se tornam figuras comuns em canteiros de obras, segundo Milton Alves de Oliveira, secretário geral do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Brasília (STICMB). “Aqui esse movimento começou, mas é tímido. A mulher ainda trabalha mais na parte de limpeza”, destaca. No entanto, isso tende a mudar, pois Milton observa que muitas empresas se interessam pelo trabalho feminino porque, geralmente, as trabalhadoras são mais cuidadosas — característica essencial em funções de acabamento. “Diferentemente dos homens, elas atuam com mais delicadeza, o que gera interesse dos empregadores. Existe espaço, o que falta é incentivo do governo para capacitar mulheres”, diz.

Francisca da Conceição, 36 anos, trabalha como pintora de obras há dois anos. “Como empregada doméstica, meu salário era muito baixo; o trabalho em construções é mais recompensador”, conta. Francisca adquiriu as habilidades necessárias com a ajuda do pai, pedreiro. Mais tarde, fez um curso no Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Sobre os desafios enfrentados, desabafa: “o problema é que as pessoas acham que a gente não dá conta por ser mulher, um pensamento machista”. Por causa disso, Francisca tem trabalhado apenas como autônoma. “Nunca consegui ser contratada por uma empresa”, diz. A parte boa é que não falta serviço.

Impedimentos
Na visão de Milton Alves de Oliveira do STICMB, o preconceito não é um problema que as mulheres precisam enfrentar ao trabalhar na construção civil, mas o assédio, sim. “Em todo lugar em que a maior parte da equipe é masculina, é preciso ter mais cuidado para evitar isso. A gente sempre recomenda que as empresas criem condições para as profissionais trabalharem”, diz. A professora do curso técnico em edificações do Instituto Federal de Brasília (IFB) Renata Moreira de Sá e Silva destaca que o medo de ser assediada moral ou sexualmente afasta mulheres dos canteiros. “É como se fosse uma cadeia: por mais que você esteja bem vestida, é vista como objeto sexual, então acaba sendo perigoso”, avisa. A questão afeta a oferta de vagas: por precaução, não é raro que as empresas tomem medidas restritivas e deixem de contratar trabalhadoras. “Em obras mais afastadas, em que os homens ficam mais reclusos, as mulheres não entram.”

Por isso, não é de se estranhar que esse setor ainda seja dominado por homens na visão de Renata, que é engenheira civil e mestre em concentração de materiais de construção pela Universidade Federal de Goiás (UFG). “A empregabilidade acaba não sendo boa para elas. A mulher está em ascensão em muitas áreas, mas, na construção civil, isso é fraco. Elas entram, mas só no fim da obra, em geral, para fazer a limpeza e o rejunte. A área de pintura está começando agora”, diz. Na visão do consultor técnico de construção civil do Senai Mateus Mariano, a situação tem tudo para mudar (até a necessidade de muita força física tem sido dispensada, pois os equipamentos modernos não exigem isso), mas ainda há uma cultura que dificulta a entrada feminina.

“A mulher usualmente não procura essa área. Acredito que é por causa da visão que se tem de quem atua no ramo: peão de obra. Falta conscientização para elas entenderem que é um trabalho que elas conseguem fazer, pois as que estão no ramo se sobressaem praticamente em todas as funções”, explica. A engenheira civil Joseleide Pereira da Silva acredita que elas não competem em condições de igualdade. “A maior parte das mulheres que procuram essa área têm renda baixa e, não raro, muitos filhos sem ter com quem deixar”, aponta ela, que entre 2012 e 2013 coordenou um projeto no IFB chamado Mulheres na Construção que capacitava trabalhadoras para o ramo. “O curso formou pintoras e azulejeiras e teve procura imensa. Eram cerca de 60 alunas e, ao fim, elas levaram todo o material que seria preciso para trabalharem”, lembra.

 

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