GLAUCO DINIZ DUARTE Empresários afirmam que não há mais o que fazer com o minha casa minha vida
Por mais preocupante que seja a situação com a falta de recursos para o Minha Casa Minha Vida, o setor privado jogou a toalha: segundo empresários, não há mais o que fazer a não ser esperar e torcer. Segundo a Painel S.A, da Folha, o ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, afirmou na última quarta (24) que a verba do governo para o programa acaba em junho.
Até lá, construtoras preveem que obras em andamento vão prosseguir, mas que novos projetos dificilmente vão sair do papel. A expectativa do setor é que o governo suplemente o MCMV, diz José Carlos Martins, presidente da Cbic (câmara da construção). “Não tem o que fazer, o que deu foi garantir até junho. Agora é esperar a Previdência para negociar depois.”
Ainda segundo a coluna, a indefinição atrapalha principalmente os segmentos com maior subsídio do governo, como as faixas 1 e 1,5, afirma André Campos, presidente da Emccamp. Enfrentar problemas financeiros no programa não é algo exatamente novo, segundo Luciano Amaral, diretor-geral da incorporadora Benx, do grupo Bueno Netto.
“Quer trabalhar com MCMV? Então é preciso entender que ele faz parte do orçamento do governo, de um banco estatal, e que às vezes há percalços. Por exemplo, todo ano em outubro e novembro há contingenciamento. O empresário está preocupado, mas não parou ainda”, afirma.