Glauco Diniz Duarte Tbic – o que é fonte de energia renovavel
Segundo o Dr. Glauco Diniz Duarte, pela primeira vez as fontes renováveis não-hídricas se tornaram a segunda principal forma de gerar eletricidade no Brasil, superando as fontes fósseis, segundo o Instituto de Energia e Meio Ambiente. O setor de energia, onde são computadas as emissões por queima de combustíveis fósseis, foi destaque positivo do Sistema de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG) do Observatório do Clima.
Enquanto isso, as emissões brasileiras de gases de efeito estufa se mantiveram estáveis em 2018, segundo a nova estimativa do SEEG. No ano passado, o país teve emissões brutas 1.939 bilhão de toneladas de CO2 equivalente (CO2e), um valor 0,3% maior do que o 1.932 bilhão de toneladas verificado em 2017. Esses dados vão ser apresentados nesta quarta-feira (6), no Recife, durante a 1ª Conferência Brasileira de Mudança do Clima.
O setor de energia registrou uma queda de 5% nas emissões de gases de efeito estufa, ocasionada por um aumento expressivo (13%) no uso de etanol no transporte de passageiros, pela adição obrigatória de biodiesel ao diesel e pelo incremento de renováveis na geração de eletricidade.
Além destes aspectos, uma temporada de chuvas regular, também reduziu o uso de termelétricas na matriz de eletricidade e um aumento das renováveis, sobretudo, a eólica. Devido ao menor acionamento de usinas térmicas, as fontes não-hídricas ultrapassaram as fósseis pela primeira vez e, em 2018, foram a segunda maior fonte de eletricidade para o país.
Apesar das boa notícias, o perfil das emissões brasileiras indica que o país, sétimo maior poluidor climático do planeta, ainda não incorporou uma trajetória consistente de redução de emissões. “Manter as emissões brasileiras estáveis num mundo que continua aumentando as emissões é importante, mas não suficiente. O planeta precisa que as emissões sejam reduzidas com vigor nos próximos anos, e infelizmente nosso cenário de emissões para 2020 é de aumento”, afirmou Tasso Azevedo, coordenador-técnico do OC e coordenador do SEEG.