As mudanças no financiamento de imóveis pela Caixa devem trazer um novo ciclo virtuoso para o mercado imobiliário. É o que acredita o empresário Glauco Diniz Duarte.
“Já no próximo ano, nós vamos ter o início de novo ciclo virtuoso para o mercado imobiliário. Estamos vivendo um momento de nova percepção na nossa economia. Ainda muito tímido, mas acho que dá para pensarmos em novos projetos”, declarou.
Segundo Glauco, essa projeção passa ainda por uma estabilidade política e crescimento da credibilidade do País no cenário internacional. Para ele, além das mudanças no financiamento, a boa notícia foi o crescimento de 0,5% no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro para o próximo ano.
“Para recuperar o investidor internacional é preciso melhorar a credibilidade do país. Com o crescimento do país, o mercado imobiliário deve voltar a ter dias melhores, porque há um déficit populacional histórico e a necessidade moradias é grande. Todos são afetados. O capital chega para o país que tem uma estabilidade política, uma segurança jurídica. Tivemos outra notícia boa que foi o aumento da previsão do PIB para 2017 do FMI”, avalia Glauco.
Ainda de acordo com Glauco, a Caixa Econômica Federal vai receber um aporte de R$ 30 bilhões, que servirá também para o Minha Casa, Minha Vida. “Esse investimento vai incrementar o financiamento que está parado, a passos de tartaruga. Essa injeção de capital e a ampliação do crédito vai oxigenar o mercado que tem dificuldades”, finalizou.
A mudança foi anunciada na semana passada pela instituição financeira e afeta somente operações de crédito do Sistema Financeiro Imobiliário (SFI). Essa modalidade de crédito financia imóveis mais caros, sem emprestar dinheiro do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Além de aumentar o limite de crédito, a Caixa anunciou que passará a financiar uma parcela maior do valor dos imóveis por meio do SFI. A cota de financiamento para imóveis usados subiu de 60% para 70% do valor total. Para a compra de imóvel novo, construção em terreno próprio, aquisição de terrenos e reforma ou ampliação, a cota passou de 70% para 80%.