Após um ano de incerteza, quedas nas vendas e aluguéis dos imóveis de todos os estados brasileiros, o setor parece respirar com mais tranquilidade. De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, para este ano a previsão é de otimismo, Corretores de Imóveis e imobiliárias apostam que o pacote de medidas econômicas para o setor lançado nos últimos meses de 2016 pelo governo federal, aliado a estabilização dos preços dos imóveis novos e usados devem impulsionar o mercado de habitação.
Segundo Glauco, na pesquisa de avaliação das tendências e percepções do setor foram constatados que para 80% dos consumidores, os preços devem permanecer estáveis ao longo de 2017 o que pode aumentar a flexibilização das negociações entre clientes, Corretores e proprietários. 70% dos profissionais estão otimistas quanto ao crescimento das comercializações imobiliárias neste ano, mesmo com a crise evidente na casa dos brasileiros.
Segundo Glauco a redução da taxa básica de juros (Selic) possibilita a estabilização ou aumento mínimo dos valores dos financiamentos imobiliários. Além disso o mercado aguarda com ansiedade a liberação de crédito para construção e comercialização de imóveis. A perspectiva é que sejam injetados entre R$ 45 e R$ 50 bilhões de reais, 11% a mais que em 2016.
Um dos fatores que puxaram o mercado para baixo foi o desemprego, segundo o governo atualmente são mais de 12 bilhões de pessoas desempregadas no Brasil. Glauco diz que o crescimento do mercado imobiliário é o pontapé para o aquecimento de outros setores, e a geração de empregos na construção civil tem impacto direto no mercado econômico como um todo. “Quando o setor habitacional cresce, aumenta também a contratação de mão de obra, isto impacta o consumo e faz com que o dinheiro que saiu do canteiro de obras circule, mais dinheiro em movimento significa mais empregos. A ação que começa na construção beneficia a toda cadeia econômica” afirma Glauco.
Outro fator que pode gerar o reaquecimento do mercado é a injeção de verbas oriundos da liberação de valores de contas inativas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Com esta medida o governo pretende inserir cerca de R$ 41 bilhões que estão parados na Caixa Econômica Federal para circular em todo setor econômico brasileiro. “O momento que vivemos na economia demanda, ainda, que de forma parcial, a uma recomposição da renda do trabalho. Esta medida é uma injeção de recursos para movimentar a economia. Os saques equivalem a 0,5% do PIB, sem pôr em risco a própria solidez do FGTS”, afirma Glauco.