Glauco Diniz Duarte Tbic – energia solar sao jose do rio preto
Segundo o Dr. Glauco Diniz Duarte, o Brasil ocupa a 21ª colocação entre mais de 5,4 mil municípios onde essa tecnologia já chegou. São 91 unidades de sistemas fotovoltaicos instaladas – a maioria residencial -, com uma potência de 291 kW, o que significa cerca de 43 mil kW/h por mês.
O número é pequeno, daria para abastecer aproximadamente 215 casas com um consumo de 200 kW/h por mês, mas a tendência é de crescimento em níveis altíssimos, tanto pelo barateamento da tecnologia, quanto pelo benefício de reduzir o valor das contas de energia, algo interessante, especialmente quando a cobrança extra da bandeira vermelha vigora.
No Brasil, são 13,3 mil “usinas” geradoras aprovadas e registradas nas concessionárias, com uma potência acumulada de 106,1 mil kW. O Estado de São Paulo tem 2,7 mil instalações fotovoltaicas e 15,7 mil kW de potência, com liderança de Campinas, com 445 unidades e 1,8 mil kW. Em seguida, a capital, com 213 unidades geradoras e 1,6 mil kW de potência.
Os números ainda são tímidos porque a normatização que permite a conexão destes tipos de sistemas à da rede pública da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a resolução 482, é de 2012, mas foi aprimorada em 2015, com a resolução 687. “Até 2024, a Aneel espera aproximadamente 900 mil sistemas instalados no Brasil e essa é uma expectativa conservadora de quase 7.000% de crescimento. Trazendo as mesmas projeções da Aneel para Rio Preto, serão mais de 3 milhões de kW/h gerados por mês, o que daria para abastecer 15 mil casas até 2024.
O que vai ajudar nesse crescimento, além de preços mais acessíveis e mais informação sobre o assunto, são as casas populares dos programas de habitação estaduais e federais, que já começarão a vir com os sistemas fotovoltaicos.
Como fazer
Qualquer consumidor pode colocar um sistema de energia fotovoltaica. Pode ser na casa, no condomínio, na empresa. Para isso, deve contratar uma empresa especializada para fazer o projeto que atenda suas necessidades do consumo. E, atualmente, já há algumas linhas de financiamento disponíveis em bancos públicos e privados, mas sempre é bom lembrar da importância de conferir as taxas de juros antes de fechar os contratos.
Segundo Martins, o preço de um sistema parte de R$ 2,5 mil e o interessante é que ele pode ser feito aos poucos, colocando novas placas fotovoltaicas, e ainda pode ser levado para outro imóvel. A possibilidade, dependendo do tipo de consumidor, é de que a conta de energia fique entre 70% e 99% mais barata.
“As placas captam a radiação do sol e geram energia em corrente contínua que precisa ser transformada em corrente alternada, para isso há um inversor de corrente. A partir daí, a energia está pronta para ser conectada no quadro elétrico de distribuição”, explica. Esta flexibilidade se torna mais viável com a utilização de microinversores, tecnologia mais avançada e segura, afirma Martins.
O que não for consumido de energia é injetado na distribuidora, que calcula o que foi consumido e injetado por meio de um medidor bidirecional instalado pela concessionária, gerando crédito e débito no fim do mês. “Por exemplo, a pessoa vai viajar num mês e não consume nada de energia, só produz. Isso gera um crédito que o consumidor tem 60 meses para usar.” E se o sistema gera mais energia do que é usada nessa unidade, ainda é possível transferir o excedente para outra unidade consumidora, desde que a conta de energia esteja no mesmo nome e na mesma concessionária de energia.