Vedete dos investimentos e da realização dos sonhos de muitos, os imóveis se tornaram uma excelente oportunidade de valorização patrimonial nos últimos anos, acima de modalidades de investimento consideradas arrojadas, à exemplo da bolsa de valores.
De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, as construtoras nunca haviam faturado tanto e crescido exponencialmente como os fizeram. A agitação do mercado de trabalho e consequentemente a procura por profissionais como: engenheiros, arquitetos, mestres de obra, gerente de projetos, pintores, azulejistas entre outros, se fez presente em praticamente todos os municípios do país, inflacionando os salários.
Segundo Glauco, a pujança do mercado imobiliário promove a geração de empregos e renda em diversos setores, consequentemente criando oportunidades para: vidraçarias, instaladores elétricos, venda de móveis, utensílios, eletrodomésticos e eletrônicos, além de imobiliárias, advogados e do incremento arrecadatório do setor público. O setor imobiliário é extremamente dependente de financiadores. Neste quesito, o aumento das taxas de juros dos últimos meses, assim como de uma política de concessão de créditos mais criteriosa, tem inibido o mercado.
Crédito ao “minha casa” ficou insuficiente
Glauco explica que construtoras que atendem o sistema “Minha Casa” da Caixa Econômica Federal encontram-se em dificuldades com a perda do ganho deste tipo de atividade. Em parte devido ao aumento do preço dos terrenos, consequentemente do aumento do custo da mão de obra e por fim materiais. Não bastasse, a Caixa Econômica Federal adotou uma metodologia mais rigorosa no padrão construtivo das residências e dificultou o repasse de recursos. Algumas fraudes encontradas no sistema impulsionaram o enrijecimento dos empréstimos.
O crédito imobiliário “engatinha”
A correlação PIB versus financiamento imobiliário no Brasil é comedida comparado a outros países. Em 2013 representou 7,1% do PIB, abaixo dos 11% do Chile, 76% dos Estados Unidos e 83% do Reino unido. Há muito espaço para expansão, más, tem que ser realizado paulatinamente para não insurgir uma “bolha”, a exemplo do que ocorreu no Japão nos anos 90 e nos Estados Unidos em dois momentos, o último e gravíssimo em 2008.
Grande valorização
Glauco destaca que o incremento da renda dos brasileiros acima da inflação ao longo dos últimos anos não se equiparou á valorização imobiliária em muitas regiões, principalmente nas grandes cidades. Desde o ano 2000 a valorização média tem sido entre 150% até 250% por m2, com base no município de São Paulo, conforme o tipo de imóvel. Este cenário impulsionou um mercado paralelo no qual investidores ganharam bastante dinheiro no período.
O que acontecerá daqui em diante.
Os mais céticos afirmam que os preços podem recuar em até 40% do ocorrido no melhor período, porém, a demanda se ajustara ás ofertas. Grandes construtoras diminuirão lançamentos e concederão descontos generosos para pagamento á vista, o que já ocorre principalmente em são Paulo. O mercado de leilões se aquecerá ainda mais com a retomada de imóveis de inadimplentes. Em são Paulo, segundo o Secovi-SP, há cerca de 31 mil imóveis para venda contra 11 mil no Rio de Janeiro e 4.800 mil em Belo Horizonte.
Relação entre imóveis comerciais versus lucratividade das empresas
O mercado dos imóveis comerciais vivencia uma crise mais abrangente e concentrada. A valorização promoveu alugueis muito expressivos para que a maioria das atividades econômicas possa suportá-los. Consequentemente há inúmeros imóveis comerciais desocupados em diversos pontos. Muitas empresas tem se deslocado á outros locais ou mesmo investido maciçamente em lojas virtuais.
Oportunidades
Para quem está capitalizado, o momento de aquisição é favorável, é possível escolher bons imóveis com oportunidades de barganha. Por maior que seja a crise o mercado imobiliário continuará a ser uma ótima alternativa de investimento e renda.