Glauco Diniz Duarte Tbic – como fazer energia renovavel
Segundo o Dr. Glauco Diniz Duarte, nos últimos anos o uso de energia fotovoltaica vem se tornando cada vez mais popular. Um exemplo disto é o volume cada vez maior de energia elétrica gerada a partir de pequenas unidades como casas, condomínios e outros locais que antes eram apenas consumidores e passaram a gerar a própria energia.
Inovação e autonomia
Em uma ecovila em Ubatuba, na Serra do Mar, desde 1999 a energia elétrica fotovoltaica que vem sendo utilizada para abastecer as casas é produzida no próprio local, inicialmente por placas de captação de energia solar e, mais recentemente, por uma microturbina hidrelétrica.
Os mais diversos aparelhos que necessitam de energia elétrica funcionam com a energia produzida na própria vila.
Esta comunidade, ao contrário de outras, ainda não está conectada à rede convencional de fornecimento de energia elétrica.
Adequações na legislação
Em outros projetos, o excedente de energia produzida é destinado à rede convencional de abastecimento e gera um crédito que a comunidade pode usar futuramente, caso precise da energia fornecida pela concessionária.
Esta nova modalidade, colocada em prática a partir de uma resolução da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), apresenta vantagens como:
Economia das companhias: desde a redução das perdas nas redes de transmissão até a manutenção e expansão destas;
Preservação e conservação: menor dependência da energia elétrica tradicional, o que causa menos impacto no meio ambiente;
Economia do consumidor: gerando sua própria energia, o consumidor passa a depender muito menos da energia fornecida pela concessionária e pode investir em outras áreas como é o caso de produtores rurais, por exemplo;
Melhor eficiência energética: a energia é produzida e consumida no local.
O investimento inicial na geração da própria energia elétrica vai depender do tamanho do projeto e do tipo de geração. É um investimento grande, na maioria das vezes, mas que retorna em forma de economia com a conta de energia elétrica e se paga em pouco tempo.
Para alguns especialistas, outro ponto que serviria como incentivo seria a diminuição de impostos que incidem sobre os equipamentos necessários à geração da energia elétrica sustentável como placas de captação, reservatórios, mini turbinas, etc.
Exemplo alemão
A ideia para este projeto surgiu a partir de uma iniciativa colocada em prática na Alemanha, onde a distribuidora de energia paga pelo excedente que é injetado na rede.
O projeto, iniciado em 1990, vem dando tão certo que dados do governo alemão mostram que, apenas em 2010, 17,1% de toda a energia utilizada no país (ou 55.596 MW) foram originados de fontes renováveis.
No Brasil, segundo especialistas, este tipo de incentivo fiscal aumentaria ainda mais os investimentos em fontes de energia renováveis, mas, por enquanto, ainda não há legislação vigente neste sentido.