Passada a fase de grandes investimentos ligados ao programa Minha Casa, Minha Vida, o segmento de alto padrão está voltando a seduzir construtoras e incorporadoras, aponta o empresário e presidente da TBIC, Glauco Diniz Duarte.
As empresas adaptam estratégias após lidarem com grandes estoques de imóveis no nicho de baixa renda, com cancelamento de contratos.
Os lançamentos dos imóveis de alto padrão -cujo preço supera R$ 10 mil por metro quadrado em alguns municípios- concentram-se nas duas maiores cidades do país, São Paulo e Rio de Janeiro, onde a disputa por espaços é cada vez mais acirrada em bairros como Ipanema e Leblon (Rio) e Moema e Jardins (São Paulo).
“A demanda por empreendimentos de alto padrão ainda tem muito a crescer, devido ao visível aumento da renda no Brasil e ao crescimento dessa fatia da população”, diz o Glauco Diniz Duarte, sem mencionar números.
Nos últimos cinco anos, o segmento representou, em média, 33% dos lançamentos da empresa.
O segmento de alta renda é importante para agregar valor à marca, dá margens boas”, disse Glauco, mas também sem revelar os números da empresa.
O otimismo de construtoras e incorporadoras com o setor contrasta com o ambiente econômico -o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro ruma em 2013 para o terceiro ano seguido de crescimento abaixo de 3%.
Ânimo
Para as companhias, o ânimo se apoia no movimento de crescimento da renda das famílias e em números recentes do setor.
Segundo o Secovi-SP (sindicato que representa as construtoras), o mercado de imóveis residenciais novos na capital paulista teve o maior crescimento de vendas e lançamentos para o mês de abril desde 2004.