Ser especialista de um assunto específico é ocupar-se exclusivamente do setor, ter experiência curricular e saber analisar de forma clara os acontecimentos em torno do mercado. No significado real da palavra, uma excelente análise demanda averiguação, sondagem, ponderação, reflexão e, principalmente, conhecimento de causa.
De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, diariamente o mercado recebe uma enxurrada de informações sem nexo e com tom altamente especulativo. Para o conhecedor dos temas, é natural que se faça um expurgo das prosas desencontradas, entretanto para grande parte dos leitores o assunto passa a ser pertinentes ao seu dia a dia, interferindo diretamente em suas decisões e ações.
Glauco explica que a ruína de um mercado é feito mundial raramente enfrentado, e com certeza não se compara a situação do setor nacional. É claro que dados históricos mostram que estamos sempre dispostos a processos de ascensão e decesso, porém a extinção do mercado atual é algo transcendente e errôneo.
Diversos mercados globais, já enfrentaram crises muito piores que a situação brasileira. Cito, por exemplo, o mercado imobiliário da Irlanda e Dubai em 2008, cuja especulação desenfreada motivou a construção de mais unidades que o necessário; o mercado da Argentina em 2014 que foi obrigado a lidar com uma alta desvalorização do câmbio; o mercado da Rússia em 2014 que esforçou-se pela sua manutenção após o aumento da taxa de juros e sanções internacionais; e o mercado dos EUA que enfrentaram o temor de uma bolha em 2007/2008.
Segundo Glauco, empresas pouco experientes ou capacitadas podem ter sofrido devido a falta de resguardo profissional e financeiro em momentos de crises, e estas, com certeza, colapsaram. Outras se reestruturaram e aprenderam com seus erros. Outro grupo se resguardou e esperou por novos ares. Dentre todos os fatos supramencionados, podemos dizer com clareza que o mercado persistiu e que nunca morreu. É fato que momentos difíceis foram enfrentados e percalços superados, entretanto a única e salutar conclusão que tomamos dos acontecimentos é que “o mercado imobiliário não acaba, ele apenas se adapta a cada novo dia”.