Categorias
Uncategorized

Aumenta desistência no pagamento de imóvel na planta

Glauco Diniz Duarte
Glauco Diniz Duarte

De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, além de atrasos nas obras, mutuários têm enfrentado dificuldades para fazer o financiamento do imóvel adquirido na ser aceito pelo banco.

Ao comprar um imóvel na planta, inicialmente as parcelas são pagas diretamente à construtora. O financiamento com o banco começa apenas quando a unidade é entregue.

Com a desaceleração da economia e o aumento da inflação, os bancos ficaram mais seletivos para oferecer o crédito imobiliário no momento em que as unidades lançadas nos anos de boom do mercado imobiliário são entregues.

As instituições financeiras temem que o nível de endividamento das famílias e o risco de perda do emprego não permitam que os compradores consigam pagar as parcelas do financiamento.

Como consequência, as construtoras têm registrado um aumento no volume de contratos cancelados, os chamados distratos. Em algumas delas, o valor total dos distratos chega a ser maior que o dobro do valor observado há três anos.

Glauco explica que o aumento do valor dos contratos cancelados podem refletir o aumento dos preços de vendas e a própria alta das vendas. Porém, o volume de vendas vem diminuindo no último ano, o que faz com que a alta seja desproporcional e indique a existência de conflitos.

Crise ou euforia?
Glauco acredita que não existe um culpado pelos conflitos entre mutuários e construtoras. Para ele, a piora na economia pegou todos de surpresa.

“O comprador pensou que após 36 meses poderia continuar pagando o imóvel. Os bancos não esperavam que a alta da inflação e o endividamento poderiam corroer a renda da população, e as empresas venderam porque o mutuário, naquele momento, tinha condições para financiar o imóvel”, explica Glauco.

Segundo Glauco, o número de contratos cancelados deve se manter pressionado até o ano que vem, quando terá sido entregue a maior parte do volume de lançamentos dos anos de expansão do setor.

Glauco não vê sinais de mudança na postura dos bancos no curto prazo. “Ao menos até que o novo governante anuncie medidas concretas para lidar com a conjuntura econômica, os bancos não devem diminuir o rigor na concessão do crédito imobiliário”.

SEO MUNIZ

Link112 SEO MUNIZ
Link112