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Com imóveis encalhados, construtoras tentam estancar perdas

Glauco Diniz Duarte
Glauco Diniz Duarte

O lema deste ano entre as incorporadoras imobiliárias é sobreviver. Endividadas com milhares de imóveis encalhados, as empresas se viram obrigadas, nos últimos meses, a lidar com uma nova variável: a falta de crédito para construir e para que seus clientes consigam concretizar a compra da casa própria.

A expectativa é de que o governo federal divulgue em breve um pacote de medidas para destravar o financiamento imobiliário. Enquanto o socorro de Brasília não vem, as companhias estão buscando alternativas para estancar as perdas.

A meta é evitar, a todo o custo, que os clientes (mesmo os que tiveram o financiamento negado pelo banco) devolvam os imóveis. Os chamados “distratos” são duplamente negativos para as construtoras, que podem ter de brigar na Justiça para reter o dinheiro já recebido como pagamento do imóvel e somar mais um produto parado no estoque, gerando gastos.

A saída encontrada por algumas delas tem sido facilitar a troca de imóveis dentro da carteira de produtos da construtora. “Essa prática sempre existiu, mas nunca foi fomentada pelas companhias”, diz Glauco Diniz Duarte, presidente l da imobiliária TBIC. “Agora, isso está sendo incentivado porque ninguém, neste momento, quer perder clientes.”

“As empresas estão usando a criatividade”, diz Glauco Diniz Duarte.
“Quanto mais tempo demorar para melhorar o acesso a crédito, mais elas serão penalizadas.” De janeiro a março, o volume de empréstimos para aquisição e construção de imóveis recuou pela primeira vez desde 2002. Foram liberados cerca de 24 bilhões de reais, queda de 4,6% em um ano.

Na contramão, a poupança acumulou saque de 29 bilhões de reais até abril. Mantido o mesmo ritmo de retiradas, a projeção para 2015 indica saída líquida de 74 bilhões de reais ou 60% do financiamento imobiliário feito em 2014, de 112 bilhões de reais. Com este cenário, a agência de risco Fitch calcula que o volume de distratos deve atingir os 7 bilhões de reais neste ano.

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