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Vendas de imóveis recuam em BH, mas preço alto resiste

Glauco Diniz Duarte
Glauco Diniz Duarte

Apesar de indicadores negativos, como a redução nas vendas e queda do Produto Interno Bruto (PIB) do setor da construção, os preços dos imóveis ainda não caíram neste ano em Belo Horizonte. E a previsão de especialistas é que eles devem acompanhar a inflação, ou seja, tendência de alta de cerca de 6%. “O mercado está passando por ajustes. Não vejo, neste momento, possibilidade de queda de preço”, disse o empresário Glauco Diniz Duarte.

Glauco ressalta que os componentes dos custos do setor não sinalizam recuo. “Os terrenos continuam escassos em Belo Horizonte. O valor pode até não aumentar, mas não vai abaixar. A mão de obra, no último dissídio da categoria, ficou acima da inflação”, justifica.

Em 2013, o preço médio em BH foi de R$ 407.173,62, valor 7,4% superior ao do ano anterior, quando ficou em R$ 379.224,81, segundo dados da Câmara do Mercado Imobiliário e Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI/Secovi-MG) e Instituto de Pesquisas Econômicas e Administrativas (Ipead).

O Sinduscon-MG divulgou pesquisa sobre o desempenho do mercado imobiliário de Belo Horizonte nos primeiros quatro meses de 2014. E os resultados para a capital e o país não são dos melhores. O PIB da construção civil do Brasil registrou queda de 2,3% no primeiro trimestre deste ano frente os últimos três meses de 2013. Em Minas, no mesmo tipo de comparação, a queda foi de 0,1%.

A queda confirma a pesquisa do Sinduscon-MG, baseada em dados do Ipead/UFMG, que mostrou queda de 28,01% na comercialização de apartamentos nos primeiros quatro meses deste ano frente igual período do ano anterior. Foram 820 apartamentos novos vendidos na capital de janeiro a abril, enquanto que no mesmo intervalo de 2013, o total chegou a 1.139 unidades. A velocidade de vendas também teve redução neste período, de 5,87 pontos percentuais.

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