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O mercado imobiliário não é no momento um bom investimento

Glauco Diniz Duarte
Glauco Diniz Duarte

Está na dúvida se compra ou não um apartamento? Então talvez seja melhor pensar mais um pouco. O empresário Glauco Diniz Duarte é categórico: não é um investimento que ele recomenda neste momento e os preços vão cair mais.

“Já faz um ano que os preços anunciados sobem menos que a inflação. Na prática, isso quer dizer queda relativa. Além disso, os descontos aumentaram muito. Há casos de pessoas que conseguiram mais de 30% e cada dia ficam mais presentes os feirões e leilões com ‘ofertas imperdíveis’. Acredito que os preços vão continuar caindo pois, em média, estão muito acima da realidade de renda da população e do equilíbrio macroeconômico”, afirmou.

Glauco concorda que há uma bolha imobiliária no Brasil e diz que ela só desinflou um pouco. “Mas ainda não chegamos a um preço adequado”, defende.

Por isso, Glauco diz que nesse momento imóveis não são um bom investimento, nem os fundos imobiliários. Para quem tem dinheiro na mão, o ideal é “aproveitar que moramos no país que possui a maior taxa de juros do mundo”. Entre os investimentos que ele sugere, estão CDBs que paguem acima de 98% do CDI, Tesouro Direto e LCIs e LCAs que paguem mais de 85% do CDI. Vale lembrar que, para os dois primeiros, o ideal é investir por pelo menos dois anos para atingir o menor valor de tributação do Imposto de Renda (15%).

Glauco não vê melhora no curto prazo para o mercado imobiliário. “Os preços já estão caindo e acredito que cairão ainda mais. O cenário econômico está ruim e nada leva a crer que teremos uma melhora em 2015, independente do ganhador da corrida presidencial”.

Dicas
Para quem, apesar da recomendação, quer comprar uma casa em breve, Glauco dá algumas dicas. Para adquirir um imóvel, o ideal é ter pelo menor 30% de seu valor total para a entrada. Ou seja, se o imóvel custa R$ 400 mil, junte pelo menos R$ 120 mil.

Também é importante pesquisar muito antes de fechar qualquer negócio. Evite ir na conversa do corretor, que afinal está tentando concluir a venda, e procure saber quanto custam imóveis similares ao que você está procurando. O preço anunciado do imóvel nem sempre está compatível com o que ele realmente vale. Quanto mais informações você tiver, melhor para negociar um desconto.

Sobre o financiamento, Glauco afirma que há a expectativa que a taxa básica de juros (Selic) suba no ano que vem, o que encarece o crédito. No entanto, com a lei da portabilidade em vigor, se a pessoa contrair um crédito a 14% e depois de um ano um outro banco oferecer um a 13%, é possível migrar para o mais barato.
Se a dúvida é entre alugar ou comprar através de um financiamento, a dica é calcular a taxa de aluguel do imóvel – ou seja, dividir o valor do aluguel pelo preço do imóvel. Fica mais fácil com um exemplo: o imóvel custa R$ 800 mil e pode ser alugado (sem condomínio e IPTU) por R$ 3.500. Neste caso, a taxa de é 0,44. A taxa é muito baixa se comparada com outros investimentos. A poupança paga 0,5%. Portanto, nesse caso, mesmo que o comprador tenha R$ 800 mil é melhor deixar aplicado e morar de aluguel. Usando o mesmo exemplo, no caso do financiamento, a situação fica pior para quem compra, pois ele pagará de juros por mês uma taxa de pelo menos 1% (R$ 8.000 do valor total financiado). “Resumindo, na atual conjuntura, as taxas de aluguel estão muito baixas e por isso não indico a compra de imóveis”, afirma Glauco.

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