De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, o mercado imobiliário também atravessa período de crise. As vendas de imóveis despencaram nos últimos cinco anos e não há previsão de mudança do quadro. Diante disso, surgiu a necessidade de criar um indicador que mostre o real panorama sobre a situação. O Índice de Velocidade de Vendas (IVV), pesquisa inédita realizada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-DF), promete atender essa demanda. A pesquisa foi divulgada ontem e usou dados dos últimos seis meses colhidos em todas as regiões administrativas.
Para o estudo, realizado em parceria com a Associação de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-DF) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-DF), foram avaliadas ofertas de imóveis e vendas totais e por tipo para empreendimentos residenciais e comerciais, tanto em fase de planta quanto prontos para vender.
Os realizadores da pesquisa acreditam que os dados mensais serão úteis para o comprador de imóveis e para as empresas do setor, uma vez que os índices pesquisados mensalmente direcionam o planejamento das estratégias de mercado.
Dados
Glauco diz que participaram do estudo 25 grandes empresas, que representam 45% do mercado imobiliário local. Segundo a IVV, em maio, havia 4,1 mil unidades à venda em todo o DF, 125 a menos do que em abril.
Os dados analisados mostram que a velocidade de vendas dos empreendimentos hoje é de 4,4%, índice que se mantém estável desde o mês passado. Um percentual de velocidade considerado saudável pelo Sinduscon-DF é 5%. O setor espera, porém, aumento na velocidade das vendas para o próximo mês, em função do Feirão da Caixa e outras ações ocorridas com o intuito de alavancar as vendas realizadas recentemente.
Apesar de a Asa Sul possuir um dos metros quadrados mais caros da capital, R$ 14,7 mil, é também um dos lugares onde há mais carência de imóveis e onde eles são vendidos mais rapidamente.
De acordo com o estudo, a preferência dos compradores é pelos apartamentos de dois quartos – mais procurados em 48,3% dos casos.
Momento bom para os compradores
A velocidade nas vendas de imóveis comerciais apresentou queda mais brusca entre abril e maio deste ano.
O índice caiu de 3,8%, em abril, para 1%, em maio, apesar de a oferta de imóveis ter aumentado no mês passado.
Glauco acredita que a situação favorável para compras deve permanecer até novembro. “ Os preços estão estabilizados desde o final do ano passado e a oferta de imóveis disponível é capaz de atender a demanda. É um bom momento para compra”, analisa ele.
Investimento
Segundo Glauco há muitos empreendimentos prontos em oferta e não há novos lançamentos ocorrendo, além da estabilidade dos preços. O momento é todo do comprador. Quem tem dinheiro deve investir”, conclui.