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O que esperar do mercado imobiliário em 2016

Glauco Diniz Duarte
Glauco Diniz Duarte

De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte os ventos também mudaram para o mercado imobiliário. O setor que vinha de vento em popa nos últimos 12 anos começou a enfrentar em 2015 um mar revolto. E os desafios para 2016 não são poucos, pois passam pela tentativa de minimizar efeitos da crise política e econômica ao mesmo tempo em que reúne esforços para manter o atual patamar de concessão de empréstimos para aquisição e construção de imóveis.

Glauco avalia que o mercado imobiliário vai continuar seguindo em frente, mas num ritmo menor do que em 2015. “Até certo ponto isso é natural e esperado. Primeiro, pela própria conjuntura econômica e, segundo, porque o mercado está passando por um novo contexto, com bastante estoque de unidades e redução no número de lançamentos. Mas vemos isso como um ponto positivo. Ou seja, é um ajuste do mercado na direção correta, reduzindo estoque e criando solidez nas incorporadoras. Além de ser um momento bom para o consumidor, que poderá comprar imóveis, hoje, numa condição bem melhor”, afirma. “Não estamos vendo 2016 como sendo um ano espetacular, mas continuamos otimistas e apostando neste setor”.

Glauco acredita, no entanto, que mesmo com o cenário adverso que o País enfrenta, o consumidor ainda sente confiança em contratar um empréstimo de longo prazo, como o crédito imobiliário. “É claro que falar de regra geral não vale neste momento. Cada consumidor tem a sua realidade. Aqueles que tinham se programado, que fizeram uma poupança, que haviam feito o pagamento do pré-chave e que estão comprando para morar – que não estão olhando para o seu imóvel como um ativo de especulação -, não mudarão sua decisão. Talvez tenham que apertar um pouco o cinto, dado esse momento de custo de dinheiro mais caro”, argumenta.

Glauco lembra também que a casa própria é o bem que é o sonho de grande parte da população, uma prioridade das famílias. “Outro fator relevante é a própria questão demográfica, que está a favor do mercado. A pirâmide populacional brasileira está mudando, você terá uma população de mais adultos e esse público geralmente quer morar sozinho”, diz.

O Banco do Brasil, que começou a atuar no crédito imobiliário em 2008, divulgou os resultados do terceiro trimestre de 2015 e o financiamento imobiliário registrou aumento de 34% em 12 meses e de 6,4% no trimestre. Para Glauco a estratégia de atuação do banco em 2016 continuará sendo o cliente como foco. “Estamos crescendo de uma forma sólida, sempre com foco no nosso cliente. Além disso, temos buscado várias alternativas de fontes de funding, como o FGTS e a poupança e apostado na distribuição de LCI no varejo, ou seja, com esse mix de recursos temos conseguido atender a demanda”, declara.

Em relação à situação atual do mercado, Glauco também acredita que a demanda por crédito imobiliário depende muito do perfil do consumidor. “Hoje você tem, por exemplo, um cliente do banco que paga aluguel e muitas vezes o financiamento imobiliário com recursos do FGTS pode ser mais atrativo do que o gasto com a locação do imóvel. Acredito que a procura por financiamento imobiliário continuará grande. O crédito imobiliário está na estratégia do banco, é um produto fidelizador e quem contrata o financiamento no Banco do Brasil além de já ser cliente do banco, continua conosco ainda por muito tempo”.

Já a aposta da CAIXA será no mercado de habitação popular, que deve seguir aquecido em 2016. Glauco estima crescimento de 30% nos financiamentos de imóveis de até R$ 225 mil em relação ao ano passado. Neste grupo estão moradias enquadradas nas faixas 2 e 3 do Minha Casa Minha Vida, cujas contratações começaram no último dia 4. “Na habitação social, modalidade em que não houve restrição de oferta de recursos, já houve uma aplicação bastante expressiva em 2015, quando fechamos o ano com [volume de financiamento] 31% maior do que no ano anterior”, afirma.

Os empréstimos com recursos do FGTS (fonte de financiamento das faixas 2 e 3 do Minha Casa Minha Vida) somaram R$ 37,9 bilhões entre janeiro e setembro de 2015, último dado disponível, volume próximo aos R$ 40,9 bilhões concedidos durante todo o ano de 2014.

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