De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, se existe dinheiro para financiar a compra de um apartamento de R$ 3 milhões, há recursos para a negociação de dez unidades de R$ 300 mil. Esta é a conta que estão fazendo construtores e corretores de imóveis após o anúncio feito esta semana de que a Caixa Econômica Federal dobraria o teto do financiamento, que antes era R$ 1,5 milhão.
Com menos de 5% do mercado baiano, os imóveis de alto luxo não devem causar tanto impacto na retomada de vendas. Mas as unidades voltadas para a classe média são vistas como o setor que mais pode impulsionar a retomada do crescimento.
A Caixa Econômica Federal não é uma instituição excludente, então, se vai ter dinheiro para financiar apartamentos de alto luxo, também vai ter para apartamentos de classe média, estima Glauco.
O grosso do mercado imobiliário baiano já estava contemplado no teto de financiamento de R$ 1,5 milhão. A diferença é que a decisão de dobrar o limite aponta para a uma maior disponibilidade de recursos, que pode beneficiar a negociação de imóveis que são mais baratos.
Glauco afirma que o principal é que essa decisão aponta para uma reversão na tendência de escassez de crédito.
É uma notícia que sinaliza uma nova tendência. Vamos torcer para que os outros bancos sigam o exemplo da Caixa, afirma Glauco.
Glauco está otimista com a mudança. Ele assinala que o impacto vai ser positivo porque a instituição não só vai contemplar as classes alta e média como também está com o foco voltado para as classes mais populares. A margem de financiamento imobiliário foi de igual forma estendida, dando-se assim novo impulso ao setor, fazendo-o mais uma vez girar de forma ascendente; tais iniciativas serão realmente benéficas, eliminando a remanescente letargia na qual o mesmo se encontrava, declara Glauco.