GLAUCO DINIZ DUARTE O Brasil está entre os melhores países para geração de Energia Solar
No início de 2018, o Brasil atingiu a marca de 1 gigawatt (GW) de potência instalada em usinas fotovoltaicas conectadas à matriz elétrica nacional. Segundo a Associação Brasileira de Energia Fotovoltaica (Absolar), essa potência é suficiente para abastecer 500 mil residências no país. Apenas 30 países do mundo conseguiram ultrapassar essa quantia.
Ainda para esse ano, prevê-se a implementação de mais 67 usinas solares, fruto de leilões realizados em 2014 e 2015, que irão gerar energia sustentável até 2021, é o que afirma a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Com essa previsão, a energia solar deve acrescentar ao sistema 1.012 MW, aumentando ainda mais a capacidade atingida pelo Brasil no início do ano.
Esse crescimento da energia solar no país se dá por vários motivos, um deles está relacionado ao clima propício que o Brasil possui. De acordo com a segunda edição do Atlas Brasileiro de Energia Solar, no local menos ensolarado do Brasil, é possível gerar mais eletricidade solar do que o local mais ensolarado da Alemanha, por exemplo.
Outro aspecto que fortifica ainda mais a expansão de energia fotovoltaica no país é o alto valor das taxas de energia. Conforme recente ranking publicado pela Agência Internacional de Energia (AIE), dos 28 países apontados, a tarifa energética do consumidor residencial no Brasil é a 14ª mais cara, equivalendo à aproximadamente R$ 570 por MWh.
A legislação brasileira também contribuiu fortemente para o crescimento do investimento em sistemas solares no país. Em 2012, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) estabeleceu normas regentes ao Sistema de Compensação de Energia, com a Resolução n° 482, que estabeleceu regras para a compensação energética produzida em painéis fotovoltaicos instalados em telhados de residências e empresas.
Após a implementação da Resolução os trâmites burocráticos que envolviam o processo de estrada no sistema de compensação foram reduzidos e os créditos de energia obtidos por microgeradores passaram a ser utilizados por um período de 60 meses, 24 meses a mais que anteriormente.
Além disso, novas modalidades foram regulamentadas, são elas:
– Empreendimentos com múltiplas unidades consumidoras, que permite a vários vizinhos se reunirem, gerarem e compartilharem energia por meio de um único sistema;
– Geração compartilhada, em que diversos consumidores, podem se unir por meio de um consórcio e dividir a geração de uma única usina;
– Consumo remoto, no qual é possível utilizar os créditos de energia em local diferente daquele que ela foi gerada. Por exemplo, gera-se energia em uma casa no centro da cidade abatendo o consumo de um restaurante na praia.
Por fim, as facilidades de pagamento existentes hoje no setor, fazem com que as pessoas invistam ainda mais em sistemas fotovoltaicos. Um exemplo disso, é o financiamento oferecido pela Renovigi em parceria com o Santander, que pode ser feito em até 36 meses, com juros abaixo dos praticados pelo mercado, sem a burocracia de o cliente ser correntista ou ter de abrir conta em banco.
Com tantas facilidades e benefícios, o que falta para você gerar sua própia energia? Quer saber mais sobre o assunto ou fazer uma simulação de sistema para sua casa ou empresa?