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GLAUCO DINIZ DUARTE Químico contribui na construção civil com a engenharia dos materiais

GLAUCO DINIZ DUARTE – Químico contribui na construção civil com a engenharia dos materiais

GLAUCO DINIZ DUARTE – Químico contribui na construção civil com a engenharia dos materiais

GLAUCO DINIZ DUARTE - Químico contribui na construção civil com a engenharia dos materiais
GLAUCO DINIZ DUARTE – Químico contribui na construção civil com a engenharia dos materiais

Química contribui na construção civil com a engenharia dos materiais. Além de ajudar a entender fenômenos do dia a dia, a química serve para elaborar novos e modernos materiais, otimizando a fabricação de aeronaves e a construção de edifícios, por exemplo. Na reportagem do Projeto Educação desta quinta-feira (3), o professor Gilton Lyra explicou a química dos materiais.

O curso de engenharia dos materiais é oferecido desde 2010 na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). No local, os alunos lidam com réplicas para terem o conhecimento prático da construção de máquinas e edifícios. “O curso tem objetivo de ensinar a física e química dos materiais metálicos, cerâmicos, plásticos. Ao entender como funciona a estrutura, otimiza a aplicação do material em determinado produto”, disse o coordenador do curso, Cléber Gonçalves.

A pesquisa na área de materiais permite a descoberta de novas formas de uso para produtos que sempre existiram, como o vidro, que agora é sensível ao toque, por exemplo. “Conseguimos ter ligas metálicas sensíveis ao calor, ligas metálicas sensíveis à eletricidade, que podem ser incorporadas com biocompatibilidade até ao nosso organismo, com alguma prótese usada no nosso corpo. Ou, por exemplo, temos plástico, polímeros mais resistentes que o próprio aço e muito mais leves; ou vitrocerâmicas, sensíveis ao calor, com capacidade de conduzir eletricidade e com enorme resistência”, destacou o professor.

Os novos materiais estão em todos os lugares, como na construção civil. Um edifício erguido na Avenida Boa Viagem, Zona Sul do Recife, já tem mais de 100 metros de altura. A fachada vai ser totalmente coberta com metal – nada de cerâmica ou qualquer tipo de pedra. “Hoje em dia, por exemplo, não há mais a necessidade de se aplicar necessariamente uma pedra natural ou uma cerâmica, mesmo as mais desenvolvidas. Podemos revestir a fachada com material composto de alumínio. Esse tipo tem durabilidade muito boa, aplicação fácil e rápida. Ele foi desenvolvido graças à engenharia dos materiais”, falou Gilton. O material utilizado no prédio será uma espécie de “sanduíche de alumínio com plástico”.

As chapas também podem ser usadas junto com o vidro, como em uma outra construção, na Praia do Paiva, na Região Metropolitana do Recife. A fachada passa a contar com vidro, alumínio e ACM, um composto de alumínio, metal e plástico.

A construção civil ainda foi beneficiada de outras formas: os canos não precisam mais ser feitos de ferro. “Nas construções mais antigas, a tubulação de água era de ferro por dentro do revestimento de alvenaria  – aquele ferro que ia oxidando, entupindo a tubulação. Se houvesse algum problema, tinha que quebrar toda a parede para fazer o reparo. Hoje, o material polimérico substitui o material metálico e essa tubulação passa toda externamente, podendo ser recoberta inclusive por paredes secas”, falou o professor.

As paredes são feitas com novos materiais. “Uma possibilidade de divisória interna seria a utilização de paredes secas, compostas de papelão com gesso e, entre elas, haveria isolamento acústico, composto por lã de rocha mineral”, explicou Gilton Lyra.

Outro exemplo é na construção de aviões. Antigamente, a fuselagem era montada com várias peças pequenas, parafusadas. “Podemos perceber a presença de fibras de carbonos, de materiais compostos, que combinam metais associados a polímeros e até materiais cerâmicos”, completou o professor.

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