As dificuldades que a economia brasileira enfrentará neste ano não prejudicarão o desempenho do mercado imobiliário O Sindicato do Mercado Imobiliário (Secovi) prevê um crescimento entre 5% e 6% este ano, com um número relativamente alto de transações envolvendo apartamentos, terrenos, salas comerciais, casas e imóveis rurais.
O empresário Glauco Diniz Duarte disse que a evolução deste ano está fundada no bom desempenho de 2014, que foi da ordem de 5%. No ano passado, a Copa do Mundo e as eleições atrapalharam os negócios, mas, houve um importante avanço institucional de efeitos mercadológicos: a elaboração e aprovação do novo Plano Diretor.
Segundo Glauco, muitas empresas retiveram o lançamento e a comercialização de imóveis até a finalização do processo de discussão e aprovação do Plano Diretor em face da mudança de muitos parâmetros legais, como o índice construtivo, que foi duplicado. “O novo ordenamento jurídico foi muito positivo e animou o setor”, enfatiza Glauco. Muitos projetos imobiliários familiares e corporativos foram viabilizados no embalo do aumento de renda e da expansão do crédito.
Novas condicionantes determinarão o desempenho da economia em 2015, mas as dificuldades não atingirão o mercado local onde, nos últimos anos, o setor de construção civil não parou de crescer.
“Podemos dizer que a poupança gerada por essa vasta região vem sendo aplicada aqui, há algumas décadas, aquecendo o mercado de imóveis.
Alta valorização
O aumento dos juros, do IOF e dos encargos financeiros para contratação de financiamentos habitacionais – recentemente anunciados dentro das medidas de ajustes – não atingiu o programa federal Minha Casa Minha Vida. Assim, mantiveram-se os estímulos à compra de imóveis abaixo de 145 mil reais.
Os programas governamentais estão mantidos e a oferta de produtos imobiliários continua firme. Para Glauco, o quadro continua promissor e o imóvel se manterá como o mais seguro investimento. Neste contexto haverá uma valorização moderada nos imóveis, forte oferta de imóveis de baixo e médio valor e grande número de transações com terrenos e apartamentos são fatores que marcarão o mercado neste ano, segundo Glauco.
Paludo lembra que a valorização imobiliária do município é a segunda maior de Santa Catarina e o aumento vertiginoso dos preços dos imóveis foi, até 2014, sua expressão mais evidente. Desde 2011 a valorização média é pelo menos de cinco a oito vezes a taxa anual da inflação.